O “S” do ESG é o pilar fundamental para entender que as ações tomadas no âmbito empresarial devem priorizar as pessoas, sejam elas colaboradoras ou a sociedade em geral
Compreender que o mundo funciona como um ecossistema integrado é essencial para perceber que todas as ações humanas trazem consequências, especialmente em setores de grande impacto, como nas empresas. Essa é a base do ESG: pautar a sustentabilidade como responsabilidade também das empresas, em diversos âmbitos.
O que é o ESG?
A sigla diz respeito aos valores de Meio Ambiente, Social e Governança, que, juntos, compõem os pilares das boas práticas, responsáveis não só pelo desenvolvimento, mas também pela geração de valor. E quando respeitados e desempenhados de maneira imparcial, as empresas, os consumidores e os investidores só têm a ganhar.
Afinal, selar esse compromisso com o ESG é importante para demonstrar a toda a sociedade que a sustentabilidade e a transparência estão na ordem do dia da empresa. E, por consequência, as pessoas diretamente ligadas a ela são as primeiras a sentir os impactos, pessoas essas que formam o “S” do ESG. Em texto publicado pelo portal Valor Econômico, Denise Carvalho, gerente do IDIS, defende que a mensuração das ações relacionadas ao pilar Social da agenda ESG traz materialidade aos resultados e contribui para narrativas do verdadeiro impacto a longo prazo.
As pessoas devem ser o foco
O impacto social é inerente à toda atividade industrial e empresarial. As empresas estão situadas em cidades, dependem de mão de obra humana para produzir e têm por público-alvo pessoas consumidoras. As pessoas, portanto, são essenciais nesse processo. Logo, ter em conta aspectos como inclusão, direitos trabalhistas, direitos humanos e diversidade é fundamental.
Empresas comprometidas com o social alcançam bons retornos
Tanto as grandes como as pequenas empresas podem se beneficiar imensamente ao adotar as boas práticas de ESG. A primeira é a propaganda positiva. Uma empresa com mais preocupação ambiental e social hoje é uma empresa que passa uma imagem muito melhor, e certamente os consumidores preferem adquirir seus produtos, em comparação a outra empresa que não compactua com boas ações.
Outro benefício diz respeito aos investimentos. Investidores sabem que uma empresa na qual os consumidores confiam e compram mais será mais lucrativa. Logo, uma empresa alinhada com o ESG será uma vitrine muito maior para ter mais valores agregados ao seu negócio. É a responsabilidade social dando retornos lucrativos para todos.
Medir os impactos é fundamental para saber se a rota está correta
A fim de medir os impactos, é importante adotar indicadores como o SROI, ou Retorno Social sobre o Investimento, que permite entender, através de uma análise quantitativa, se os investimentos geraram benefícios para a comunidade. Afinal, de nada adianta a realização de projetos que não sejam efetivos e contribuam de fato para as pessoas envolvidas.
A longo prazo, ESG será tornado algo básico
A longo prazo, a promoção do desenvolvimento sustentável será premissa básica para qualquer empresa, seja ela uma grande empresa em algum polo industrial ou então uma floricultura em Sorocaba. Afinal, valores como direitos humanos, redução de desigualdades e diversidade são conceitos que permeiam todo o tecido social.
O ESG vai além de algo do momento ou apenas uma tendência. É algo que será mandatório a longo prazo e premissa para qualquer empresa que exista ou venha a existir. Elas devem estar atentas para as demandas da sociedade, prontas para buscar soluções imediatas e capazes de usar as tecnologias em benefício de todos. Como retorno, uma sociedade melhor concomitante ao sucesso nos negócios.
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