Quer conhecer um pouco mais da relação entre vaquinha online e impacto social? Então acompanhe este artigo até o final para entender melhor como essa união acontece.
Antes de pensar na relação entre vaquinha online e impacto social, é muito importante conhecer um pouco mais sobre o contexto social e econômico do Brasil nos últimos anos. Sendo assim, será possível fazer uma correlação e tudo fará muito mais sentido.
O panorama que consiste na análise do contexto social e econômico na América Latina poderia ser levado em consideração. Mas focar apenas no Brasil nos permitirá a melhor análise sobre os dados no país. Portanto, o período contido aqui será entre Fevereiro de 2020 e Dezembro de 2022, no Brasil.
Exatamente no início desse período, a pandemia começou a chegar. Aos poucos – de início – mas logo ocupou espaço, se alastrando e contaminando boa parte da população. Então, com números assombrosos e medo constante, a falta de acesso à saúde básica agravou seriamente a situação no Brasil.
Com a implementação do isolamento social – mais que necessária para conter a disseminação do vírus – grande parte da população se viu sem alternativas. Por isso, o desemprego, o medo e a fome viraram constantes pra esses atores sociais. Então, ONGs, movimentos sociais, mutirões, empresas e a sociedade civil como um todo se mobilizaram para tentar conter – um pouco – desse péssimo panorama.
E foi a partir desse momento que as vaquinhas online se tornaram uma grande alternativa para angariar fundos. Com a facilidade de fazer doações online, com a segurança – tanto de se manter em isolamento social como de fazer pagamentos seguros para instituições e projetos seguros – essa modalidade de doação passou a ser mais considerada e utilizada pela população.
Doações em 2020 mudaram o panorama da pandemia, veja:
Segundo a pesquisa Doação Brasil 2020, foram transacionados R$10,3 bilhões de reais em doações, com uma média de R$967,00 por pessoa e com recursos destinados principalmente a ONGs e projetos sociais. Ah, vale dizer também que o perfil clássico desse doador é de mulheres entre 30 e 49 anos.
Mas você deve estar se perguntando: o que todos esses dados querem dizer?
Bom, a verdade é que esses dados fora de contexto não dizem muita coisa. Mas, é só parar pra analisar o período de tempo desses dados que as coisas começam a fazer sentido. Veja só, a pandemia do COVID-19 trouxe alguns insights importantes sobre a nossa sociedade, para além do vírus e do estado de calamidade pública.
A partir de 2020, ficou mais evidente o estado de desigualdade social e miséria a qual muitas famílias já eram submetidas. Com o auxílio emergencial chegando a mais de 126 milhões de pessoas assistidas, o que caracteriza mais de 60% da população brasileira, dá pra notarmos a quantidade de pessoas em situações precárias e vulneráveis.
E é aí que se deu o plot twist da pandemia: quem tinha um pouco mais, doou pra quem tinha um pouco (ou muito) menos. O espírito solidário do brasileiro foi colocado à prova e performou muito bem. Por isso, a catástrofe não foi pior do que poderia ter sido.
Com milhares de ações em plataformas distintas, vários mutirões, milhares de pontos de doações de alimentos, vestimentas, produtos de higiene básica e máscaras, a sociedade civil se viu no papel de levar ajuda a quem mais precisava. Um exemplo disso foi a campanha Brinde do Bem, veja mais abaixo.
Brinde do Bem: impacto social na pandemia
Em uma parceria de sucesso, a Heineken Brasil se uniu ao Abacashi para uma espécie de matchfunding – uma modalidade de vaquinha online onde uma empresa/parceiro dá incentivo financeiro para campanhas, e no caso do Brinde do Bem, dentro do período da ação, a Heineken Brasil dobrava o valor da doação recebida.
Os dados da ação Brinde do Bem são muito expressivos: foram mais de R$15 milhões de reais transacionados em 3 meses, mais de 100 mil doadores, mais de 8 mil bares cadastrados e mais de 80 mil empregos mantidos com os valores arrecadados.
A campanha funcionou da seguinte forma: os bares abriam suas campanhas de financiamento coletivo e a cada valor doado pelos doadores dentro das faixas de R$25, R$50, R$75 ou R$100, a Heineken Brasil dobrava a doação. O aporte financeiro dessa ação foi de R$7,5 milhões de reais, valor somado entre Heineken e Campari Group.
Essa ação em específico é um grande case de sucesso das vaquinhas solidárias na pandemia, mas não parou por aí. Foram milhares de ONGs e projetos sociais também focados em levar um pouco de bem estar e qualidade de vida à parcela mais vulnerável da população, que como dito antes, chegou a mais de 60% da população brasileira.
Panorama das vaquinhas solidárias
Para além da categoria matchfunding citada acima, os dados sobre vaquinhas solidárias fomentadas por pessoas, ONGs, projetos sociais e empresas também são muito expressivos. E isso é demonstrado pela quantidade de campanhas abertas no Abacashi durante a pandemia.
Com valores arrecadados revertidos em toneladas de alimentos, podemos citar o Mutirão do Bem Viver, que tem foco em levar alimentação de qualidade com cestas agroecológicas, num esforço que reúne campo, floresta e cidade, além da construção de cozinhas coletivas para maior segurança alimentar de seus assistidos.
E também podemos citar a ARCA do Saber, instituição que há anos assiste uma parcela da população em vulnerabilidade social moradora de uma comunidade da Grande São Paulo. Foram toneladas de alimentos distribuídos, além de itens de higiene básica, como sabonete, álcool em gel e máscaras para segurança durante a pandemia.
Enfim, qual a relação entre as vaquinhas online e o impacto social?
A principal relação entre vaquinha online e impacto social é o fruto desse encontro, onde uma é resultado da outra. Ou seja, vaquinhas online, quando tem foco humanitário, causam impacto social por onde passam.
Sejam recursos para alimentação, cuidados básicos ou educação, criar uma vaquinha online com esse foco significa impactar ativamente quem será beneficiário dessa ação. E, como visto anteriormente, as vaquinhas solidárias tem grande apelo, pois causam empatia e promovem a união das pessoas em prol de um bem comum: ajudar pessoas em situação de insegurança, em maior vulnerabilidade social. E, com os dados acima, fica evidente que o brasileiro tem espírito solidário, que cresce a cada ano.
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