O crowdfunding e as modalidades análogas são fundamentais na democratização da produção e divulgação cultural
A arte é essencial à vida. A manifestação e expressão, seja de um artista visual, por meio de pinturas, por exemplo, seja de um grupo musical ou de artes cênicas, traz impressões necessárias para os olhos, ouvidos, intelecto e, por que não, até mesmo alívio mental. Afinal, tudo que é consumido, dos streamings de música aos de séries, é arte, embora muitas vezes se esqueça disso.
E, para que isso aconteça, ou seja, para que o artista por trás da obra possa criar, é preciso investimento. A arte demanda tempo, inspiração e, claro, dinheiro. Logo, políticas públicas têm um papel importante para o desenvolvimento da arte em um país. Esse movimento é fundamental para a expressão e manutenção da cultura nacional, seja a nacionalidade que for.
Investimento em arte não é visto como prioritário
Contudo, não raro, essas políticas são deixadas de lado ou mesmo relegadas. Embora consumida por todos, a cultura não é vista como algo essencial para o funcionamento de um Estado, cujo modo de operar é muito mais pragmático. Por essa razão, alternativas para o financiamento têm se tornado mais comuns. É o caso, por exemplo, do crowdfunding.
Modalidades alternativas emergem
O financiamento coletivo tem tomado um papel importante na divulgação cultural. E, além de tudo, tem obtido um grande retorno. A economia criativa tem observado uma crescente no mundo todo. Levantamento do Itaú Cultural mostrou que, somente em 2020, a economia cultural movimentou cerca de R$ 230 bi no Brasil. Lucrativo e, ao mesmo tempo, importante para fomentar a criação cultural.
Financiamento coletivo é mais democrático
Além do mais, a liberdade propiciada pelo crowdfunding, onde o indivíduo é livre para escolher qual artista ou qual causa apoiar, permite uma democratização no acesso à arte. Uma vez que o projeto é colocado na internet, principalmente, e à vista de todos, é possível um maior engajamento, partindo de todas as direções. Assim, até projetos muito pequenos podem ser vistos. Não fosse o mecanismo, certamente seriam invisibilizados.
Ademais, a contribuição individual, mesmo que com pouco, pode tornar-se massiva ao final. Porém é importante saber que muitas plataformas cobram taxas. Ainda assim, é uma forma interessante até mesmo para se chegar ao sucesso. Fenômeno recente, Linn da Quebrada chegou a grandes palcos lançando seu primeiro álbum totalmente financiado por meio de crowdfunding.
Democrático no acesso enquanto produtor e enquanto consumidor
Abre-se assim a possibilidade de pequenos artistas – inclusive, aqueles que não alcançariam maiores públicos por uma série de razões – chegarem mais longe com sua arte, sem depender de grandes capitais, grandes empresas e, principalmente, grandes investimentos.
Porém é importante que o projeto, seja ele qual for, seja atraente, invocador e converse com seu público-alvo.
Por essa razão, é importante se especializar. Uma pós-graduação presencial em uma área de interesse, como áreas de gestão e negócios, ou em áreas artísticas, pode ser o diferencial para alcançar um novo nível nos projetos. Desta forma e com o auxílio do financiamento coletivo, é possível chegar a novos patamares e divulgar a cultura de forma imponente e fundamental para os tempos vindouros.
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