Que o ano de 2020 mudou as perspectivas mundiais sobre qualquer coisa que a gente acreditava saber, estamos conscientes. Mas e o futuro de quem depende diretamente da circulação de pessoas? Esse foi o caso da Ludus Luderia, que precisou parar, respirar e planejar todos os seus futuros passos.
O isolamento social foi um grande desafio nesse quesito, porque fechou os estabelecimentos e impôs regras de convívio coletivo. Não que a gente ache ruim, viu? Foi e ainda é muito importante obedecer os protocolos sanitários. Mas precisamos olhar para os setores que foram mais prejudicados, como a Ludus Luderia.
Situada na cidade de São Paulo, a Ludus Luderia é o primeiro bar de jogos do Brasil, com mais de 1200 jogos em suas prateleiras – essas que inspiraram o jogo da própria Ludus. A Lucy veio participar de um episódio do Abacast conosco e vamos dividir com vocês um pouquinho do Abacast #15 – Amigos da Ludus Luderia!
Sejam muito bem-vindos ao Abacast #15 – Amigos da Ludus Luderia!
Como a Ludus surgiu?
“A ideia da Ludus surgiu em 2003, 2004, mas só conseguimos abrir a Ludus em Julho de 2007. A história da Ludus é que a gente se reunia para jogar em casa com os amigos, sempre jogávamos jogos de tabuleiros à noite, até porque eu tinha gêmeos e eles eram muito pequenininhos. Daí todo mundo ia para minha casa, a gente fazia uma reunião e eu falava “poxa vida, poderia ter um lugar assim, mas não existe”, a gente procurou e falamos “nossa não tem mesmo. Bom, um dia a gente vai fazer isso”. Eu era da área de saúde, então não tinha nada a ver com isso, com a área de entretenimento, mas começou essa plantinha, a ideia começou assim. Eu e um amigo começamos a fazer um plano de negócios, até que a gente idealizou esse tipo de bar onde o pessoal come, bebe e joga. E aí veio a Ludus, como esse bar diferente para beber, comer e jogar, como se fosse na sua casa com seus amigos, aquelas reuniões que fazíamos na adolescência também, que a gente não tinha computador na época e a gente fazia isso.”
A Ludus inventou o termo Luderia?
“Você sabe que isso é até uma polêmica? Porque assim, o termo Luderia não existia no português e a gente queria colocar alguma coisa (nesse sentido) porque Ludus as pessoas confundem com o jogo ludo, que vem do verbo jogar e brincar em latim. A gente queria um termo mais específico, aí a gente inventou essa palavra “Luderia”. Surgiu no brainstorm que fizemos em 2005, 2006, antes de inaugurar a Ludus. A gente achou muito bacana esse nome, no começo era Ludus e a gente falava que era uma Luderia, mas esse nome começou a pegar tanto para nossa casa que a gente até registrou a marca. A Luderia hoje é uma marca registrada da nossa empresa e isso dá até polêmica porque virou referência, né? A gente fica até meio metido, no bom sentido, e fala que Luderia só a Ludus! Essa marca é registrada desde 2007 e a patente toda saiu em 2010. É uma honra quando a gente vê que as pessoas falam que elas têm uma Luderia, a gente fica muito feliz, porque ninguém acreditava na casa e é um reconhecimento maravilhoso. Eu fico muito envaidecida porque demorou muito tempo, a gente trabalhou muito até a Ludus Luderia pegar o gosto das pessoas, porque as pessoas não entendiam o conceito… Até hoje quando você fala assim “ah, eu vou no bar de jogos”, as pessoas acham que é meio underground, ligada a apostas, não é todo mundo que entende. Ou pensa que é um bar de pessoas nerds jogando xadrez e gamão. É muito ao contrário, aqui é muito divertido, é um ambiente que faz bem para a alma, é muito gostoso.”
Quais são os tipos de jogos que a gente encontra na Ludus e como funciona para jogar?
“Já estamos chegando a 1300 jogos, é muito jogo. E assim, é impossível você vir aqui e não gostar de nenhum. Se você falar para gente do que você gosta de jogar, a gente consegue encontrar um jogo que vai te atender, que vai atender o seu grupo. Às vezes as pessoas vêm aqui, principalmente as pessoas mais velhas, e falam “ah mas eu não sei jogar, eu não gosto de jogar”, mas a gente vai encontrar jogo para você, a gente vai te ensinar a jogar. É para todo tipo de público. Você pode trazer as crianças, adolescentes, adultos, empresários, terceira idade. A minha mãe é um exemplo, ela tem 80 anos e quando eu montei a Ludus Luderia ela falava “vou lá fazer o quê?”. E aí um dia ela veio e eu falei “mãe, vamos jogar”. Eu levei jogos que eu sabia que ela ia gostar e ela amou, porque se sentiu jogando com todo mundo, não era diferente para ela, não era uma coisa só para ela. Todo mundo estava se divertindo com o jogo e ela participou com todo mundo. Então você até inclui a terceira idade em uma roda de amigos e com as crianças, isso é bem bacana. Sobre tipos de jogos, temos os competitivos, temos jogos que o brasileiro não está acostumado, que são jogos cooperativos, que todo mundo joga contra o tabuleiro. Então, você precisa vencer o tabuleiro. Tem jogo de construções, alocação de trabalhadores. Jogos que você vai montando o tabuleiro conforme vão saindo as peças, então cada jogo é um jogo. Tem muita coisa pra quem quer usar a imaginação, para quem quer cantar, para quem gosta de cinema. E temos os jogos clássicos dos clássicos, todos em todas as versões: Jogo da vida, Banco Imobiliário, Detetive, Imagem e Ação, Perfil, Master, War…. Todos esses a gente tem. […] A gente tinha muito jogo alemão e agora a gente tem muita coisa nacional, porque várias empresas brasileiras inauguraram nesses 14 anos de Ludus, então a gente está com uma oferta muito grande de produtos, de jogos diferentes, jogos que vocês nunca imaginaram.”
Para quem não sabe jogar, como acontece?
“A Ludus funciona atualmente com uma entrada que custa R$28. Antigamente, antes da pandemia, custava R$38. Mas agora custa R$28, porque a gente ficava até 3, 4 horas da manhã e agora ficamos só até 1 da manhã. Com o valor da entrada você pode jogar à vontade, quantos jogos você quiser, o tempo que você ficar na casa. Nenhum jogo você precisa saber, nós temos monitores especializados para ensinar e indicar todos os jogos da casa. Os monitores também são especializados em indicação porque se a gente indicar um jogo que não tem o perfil do seu grupo, vocês não vão aproveitar. A gente quer que vocês tenham a experiência da Ludus Luderia em sua melhor forma, então temos que saber indicar.”
Você sentiu alguma diferença depois do crescimento dos jogos online?
“Na verdade, quando a Ludus inaugurou, a gente já tinha esse concorrente. Meus filhos já jogavam. A gente até gosta, mas é justamente uma das coisas que, quando a gente pensou em montar a Ludus, falamos “nossa, preciso tirar essas crianças um pouco do computador”. Não que seja ruim, mas o tempo inteiro eu acho ruim. O que acontece quando você vai para o jogo de tabuleiro é que a pessoa até esquecem um pouco do celular. E mais até, agora na pandemia, jogo só na internet foi o que salvou todo mundo. Só que o jogo de tabuleiro também evoluiu e a gente tem jogos que tem até aplicativos. Tem vários jogos até pelo Discord e outras plataformas de board games. Tem vários jogos de tabuleiro que foram adaptados para jogar online, (…) acho que os dois (tipos) conversam. Você não precisa [escolher só um], os dois se complementam. Até porque se você não acompanhar o mercado, você morre. A Ludus tem que renascer em várias coisas. Se a pandemia não passa? E se vem outra pandemia? A gente tem que ir se reinventando, é um trabalho que o ser humano precisa colocar na cabeça para pensar e ir se adaptando.”
Quais são os jogos de entrada para as pessoas conhecerem melhor e iniciarem no mundo dos games?
Tirando os clássicos que o pessoal gosta, tem os jogos que a gente classifica como jogos de entrada. Nós vamos começar a te dar os jogos, começando com jogos leves. Então começamos com Dixit, Ticket to ride, Lhama e Double, que é um jogo baratinho, fácil de comprar, as crianças adoram. Os adultos adoram. Ele é de rapidez, tem que ficar ligado. Tem o Coup, que é ótimo, tem muito jogo de entrada. Às vezes a pessoa fala “mas eu quero um jogo que tenha tabuleiro”, é comum as pessoas perguntarem porque, por exemplo, você leva o Double, aí são só cartas. Mas as pessoas falam “Ah, eu queria um jogo grande de tabuleiro para matar a saudade”, então, [um que] todo mundo gosta é o Ticket to ride, que é um jogo de trilhas e é um jogo certeiro. Você coloca na mesa, a maioria gosta, é um jogo fácil. Azul também é um jogo fácil. Agora o povo tá gostando muito do Cards Against Humanity. É um jogo ácido, para adultos, tem várias versões nacionais. É divertidíssimo. São jogos de entrada para adultos. Tem alguns jogos leves também, como Eu sou, When I Dream, tem muita coisa boa e para todos os gostos. Tem um jogo, que não é de entrada, mas é todo mundo contra o tabuleiro, é bem atual, chama Pandemic. E assim, a intenção do jogo é todo mundo jogar contra o tabuleiro para não deixar o vírus se espalhar pelo mundo. O jogo é inteligentíssimo, a maioria das pessoas perdem para esse jogo. […]
Como foi para Ludus no momento da pandemia? Como era antes e como está sendo agora?
A Ludus, antes da pandemia, tinha 17 funcionários registrados e 18 freelas que vinham aos finais de semana, quando a casa era mais lotada. A gente trabalhava de quarta à domingo, sexta e sábado até às 3 horas da manhã, nos outros dias até 1 hora da manhã. Era um movimento absurdo! A casa comporta 220 pessoas sentadas e tinha fila de espera na porta em dias de sexta e sábado que eram os mais concorridos. Sábado era muita loucura aqui. A entrada era R$38 e agora tá R$28, ficamos com quatro funcionários porque não consegui mandar embora todo mundo. Eu não tinha mais dinheiro. A gente segurou um ano todo mundo com a gente e agora eles estão fazendo freela comigo até a gente poder recontratar. Quando a pandemia acabar. Eu tive que fazer empréstimo e o desespero bateu quando os empréstimos precisavam começar a ser pagos. A casa estava fechada, a gente fechou durante cinco meses consecutivos, depois abrimos um mês, fechamos por mais dois meses, depois mais um mês… só que o povo não vinha, porque a pandemia é uma coisa muito séria, e a Ludus precisa de interação. A gente tinha mesa de 6, 8, 10, 20 pessoas e de repente as mesas eram no máximo para 6 pessoas – que já era difícil. Quando começou com máscara, não podia interagir. A gente teve problema com alguns jogos, principalmente com os jogos que todo mundo queria jogar… A nossa sorte é que a gente tem vários. Mas a gente contratou uma empresa especializada em infectologia e decidimos que para segurança dos funcionários e dos clientes os jogos tinham que ficar cinco dias em quarentena. Então você vinha aqui, jogava um Perfil, ele saía da mesa, ficava numa sala separada e só depois de 5 dias a gente poderia usar novamente o jogo. Era o tempo em que o vírus estaria desativado. E aí foi a morte, né? A Ludus tinha uma reserva boa, a gente já estava estabilizado no mercado, já tinha chegado em um patamar bom. Eu tinha boas economias, porque eu queria comprar a casa, que é alugada. Então a gente estava economizando muito para tentar fazer isso e foram todas as minhas economias em 6 meses de casa fechada e quando passou de 1 ano eu falei “agora não dá mais”. Então foi muito difícil. Aqui na Bela Vista vários bares fecharam, a pandemia pegou a gente de surpresa. É muito, muito, muito difícil, porque eu não tinha o que fazer. A gente não teve apoio. No começo, a nossa média de conta de luz era 5, 6 mil reais por mês, porque tem ar condicionado, freezer. E quando tudo fechou, foi feita a média, então eu pagava a média sem usar. A conta continuava vindo R$6000 e a gente não podia deixar cortar, porque tinha os freezers e porque no começo a gente achou que íamos conseguir usar. Mas não conseguimos… os estoques foram todos perdendo a validade, a gente teve que vender, tivemos que fazer um monte de coisa, então foi muito difícil.
Como a Ludus está atuando hoje?
Hoje a gente não tá com lotação. Sábado voltou ao ritmo bom, mas antes a gente tinha 220 pessoas. Hoje a gente tem 120. No começo era só 40% da casa, depois aumentou para 60%, foi aumentando aos poucos, mas agora pode já tá liberado. Podemos trabalhar com 100% (da lotação), mas as pessoas ainda estão com medo. A gente não é um bar tipo balada. O nosso público é muito consciente, então foi muito complicado. Mas tá voltando aos poucos e a campanha no Abacashi ajudou bastante. Até o movimento da casa com a campanha melhorou.
De onde surgiu a ideia da campanha?
A campanha do Abacashi foi (ideia) de uma prima minha que veio na Ludus. Ela não estava saindo pra lugar nenhum e ela veio na Ludus, viu vazio… E a gente tentava abrir, mas era difícil porque você abre e não vem gente. Tá vindo pouca gente, uma vez ou outra. E aí ela olhou (a Ludus vazia) e eu falei para ela que eu não estava mais aguentando, eu não tinha mais condições, que eu estava endividada, que não ia ter jeito, que eu ia fechar a casa, ia ver o que eu conseguia vender das coisas… e aí ela falou que foi para casa e ficou passada com isso. Dói demais, eu sou uma pessoa extremamente falante e tudo, mas começa a depressão. Até porque tentamos o delivery, a gente tentou alugar os jogos, mas o que vendia não dava nem para cobrir o custo. A gente começou com 2, 5, 10 lanches por dia. Não pagava nem os extras pros funcionários virem e estavam todos em paralisação de contrato pelo governo, então não podiam vir. Muitos ainda quiseram vir mas não tinham condições de vir, além do risco que a equipe corria. A gente não sabia nem o que fazer. Você tenta tudo que você pode… Aí minha prima falou “você pode criar uma campanha”, e eu falei que eu não queria fazer, que eu não ia fazer, porque, ah gente, é duro. É uma coisa muito difícil pedir ajuda. Não é fácil, para mim não foi pelo menos, eu acho que tem pessoas que não tem problema em fazer isso. Mas eu tive bastante dificuldade, e aí a minha equipe de monitoria e a minha família falaram que iam fazer. Eles organizaram tudo, eu fui e fiz o vídeo para o Abacashi, para pedir ajuda, e foi difícil. Foi o vídeo mais difícil que eu gravei na minha vida, juro. Eu não esperava, é engraçado, né? Lançamos a plataforma e quando aconteceu isso, eu recebi tanto carinho, tanto amor, tantas mensagens, que eu fiquei, assim, parece que eu fui renovada, sabe? Uma coisa assim. Foi libertador. A gente sabe que tem dificuldade de pedir ajuda, mas às vezes pedir ajuda te liberta até de coisas que você tem. E aí eu pensei o quê? que eu não vou perder nada, já estou ferrada, o que eu perco com isso? Nada. Então até agora o tanto de carinho, de amor, a comunidade de board game de jogos de tabuleiro, os velhos amigos quando a gente começou, as empresas nacionais… Eu recebi tanto carinho, telefonemas, as doações também começaram e aí todas as empresas nacionais, de alguma forma dentro dos limites de cada uma, se envolveram na ação. Então sites especializados, mídias especializadas, todo mundo fez vários movimentos para a gente ter uma arrecadação. Eu tô, assim, chocada com as muitas histórias de amor que eu recebi.
A Galápagos foi uma surpresa, porque quando a gente fez o Abacashi, a gente nem pediu ajuda para ninguém, para nenhuma empresa antes. E todo mundo falou “ah, Lucy, porque você não falou antes?” e eu falei que não era assim, você não sai pedindo. A Galápagos, um dia entrou em contato comigo à noite e falou “a gente pensou aqui como poderíamos ajudar a Ludus a se manter nessa fase, pensamos em fazer um incentivo. Então, quando o Abacashi atingir R$25.000, a gente dá mais R$25.000. Se atingir R$50.000, a gente dá mais R$50.000 e se atingir R$75.000, a gente dá R$75.000 a mais e três jogos Gloomhaven”, Esse é considerado o melhor jogo do mundo, é super caro, pesa 10 kg a caixa, um jogaço para você jogar em companhia, fazer vários jogos, para fazer com os amigos certos. É um jogo que revolucionou várias mecânicas de lançamento de jogos no mundo e é considerado o melhor jogo do planeta por vários especialistas de boardgame. A Galápagos foi e fez isso, então o Abacashi estava em R$8, R$9 mil reais e em dois dias a gente atingiu R$25.000. Foi uma loucura. Eu não acreditava, eu fiquei sem palavras. Anunciamos a meta de R$50.000 e a gente atingiu, a de R$75.000 eu pensei que não ia dar, demorou um pouco mais e aí aconteceu! Eu tenho um grande amigo que trabalha numa empresa multinacional de jogos, ele é autor de jogos, tenho vários jogos dele aqui. Ele me ligou e falou que ia fazer um leilão com vários jogos, com os jogos autografados pelos autores com a mensagem “obrigada por ajudar a Ludus”. O Fel também fez um leilão a partir de um site nacional, tipo board game geek, que tem todas as resenhas, os resumos dos jogos. O pessoal faz leilão, é um site bem especializado de jogos de tabuleiro então teve o leilão para Ludus. Junto com as doações, eles deram muitos jogos. Foi um trabalho absurdo, os autores autografando os jogos. Foi incrível. A Ludopedia também fez camisetas com a logo da campanha, que são os dois pinos da Ludus se abraçando. Venderam todas as camisetas. Teve um pessoal do Rio que fez sorteio de jogos, onde as pessoas compravam cotas. Eles pegaram as lojas menores que não estavam vendendo jogos e isso movimentou bastante. As empresas mandaram jogos novos para a gente botar lá, mandaram jogos usados também. Só esse pessoal depositou R$13.000 de doação. E aí mais um pouquinho a gente bateu a meta de R$75.000, agora já está em R$82.000 e continua. A gente tem mais novidades: ganhamos da NET Brutus, que é um fabricante de mesa de jogos, uma mesa transportável, portátil, grande, para jogos, que tem lugar para colocar copo, você monta e consegue desmontar. A gente vai fazer um mega sorteio com vários jogos para as pessoas já começarem a coleção. Vai ser super baratinho para as pessoas poderem comprar as cotas e para ser acessível. Todo mundo pode concorrer e muita gente pode ganhar. Então, a gente vai fazer muita coisa ainda para arrecadar. Ganhei alguns jogos também de clientes que doaram, então vamos fazer ações com esses jogos, para entregar para as pessoas, para quem às vezes não tem a oportunidade de comprar os jogos. Vamos fazer bastante coisa voltada para isso até a Ludus poder voltar a caminhar com as próprias pernas.
Tá gostando? Você pode ouvir o episódio completo do Abacast #15 – Amigos da Ludus Luderia no Spotify!
Sem comentários